o espetáculo “Sagrada Malandragem”, dirigido pelas professoras Andréa Flores e Marluce Oliveira.
A Escola de teatro Dança (ETDUFPA) do Instituto de Ciências da Arte (ICA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio dos discentes dos Cursos Técnicos de Teatro, Cenografia, Figurino Cênico e Especialização em Dramaturgia, realizará sua Prática de Montagem, no período de 29 de junho a 09 de julho, no bar Canto do Zé, às 19 horas, o espetáculo “Sagrada Malandragem”, dirigido pelas professoras Andréa Flores e Marluce Oliveira.
Em Sagrada Malandragem, o sagrado está na rua e vai ao bar. O teatro rompe com espaços convencionais e uma vez mais se afirma no espaço público, em ato de devoção pelos encontros mediados pela arte em plena rua. A figura do malandro é convocada por um ato de fé, a partir de seu suposto sumiço, acionando histórias, musicalidades, realidades ficcionais e o desenrolar de um ato cênico que celebra a malandragem como força de resistência, em tempos de dor, preconceito histórico e perdas. Quem estiver pelas ruas da cidade, é convidado a partilhar de um espetáculo que acontece no bar Canto de Zé, e embriagar-se de teatro, esperança e fé, afirmam as diretoras e encenadoras Andréa Flores e Marluce Oliveira.
O processo de criação foi colaborativo e disparado pelos temas da cura e espiritualidade, motivados pelos atravessamentos pandêmicos que não somente suspenderam os encontros presenciais por dois anos na ETDUFPA, como também alteraram as rotas de vida. As difíceis movências da vida são também acompanhadas de tentativas de explicação, enfrentamento, adaptação, que permeiam o visível, como também o invisível, o divino, o sagrado.
A parceria com o Canto de Zé, trouxe para o processo a figura de Zé Pelintra, entidade de religiões de matriz africana, assim como a malandragem sagrada e os tipos sociais encontrados no bar e na rua em geral, inspirações para a criação de personagens e seus enlaces. No início do século XX, a malandragem de Zé Pelintra convoca modos de viver insurgentes dos pretos contra o capitalismo, o racismo, a exploração da mão de obra, a discriminação do samba e os processos de suposta modernização do país. A malandragem é, assim, acionada no espetáculo não como amoralidade, mas como ato de resistência.
O espetáculo convida, assim, à partilha de histórias, musicalidades, realidades ficcionais e o desenrolar de um ato cênico que celebra a malandragem como força de vida, em tempos de dor, preconceito histórico e perdas. Em Sagrada Malandragem, o público pode embriagar-se de teatro, esperança e fé, em plena rua, em pleno bar, numa celebração do existir, do resistir e do re-existir, em estado de arte, comentaram as diretoras do espetáculo Andréa Flores e Marluce Oliveira.
O espetáculo terá pré-estreia no dia 29 de junho e seguirá em cartaz no período de 30 de junho a 09 de julho/22, sempre ás 19 horas.
Não haverá cobrança de ingressos, apenas passagem de chapéu no final do espetáculo.
O bar Canto do Zé, fica na Travessa de Breves, 139, esquina com a Rua de Óbidos, no Bairro Cidade Velha, em Belém/PA.
Ficha Técnica
ELENCO
Criolinhoo
Deise Ferreira
Evs Cris
Felipe Cordeiro
Joyse Carvalho
Karina Diaz
Kesynho Houston
Lorena Bianco
Marco Antonio Mabac
Melquisedeque Matos
Miller Alcântara
René Coelho
Romualdo Baccaro
Ruthelly Valadares
Serejo
Vanessa Lisboa
Wagner Ratis
Xviccy
Yasmin Ramos
COORDENAÇÃO DE CENOGRAFIA
Paulo de Tarso
CENOGRAFIA
Manuela Soutello
ASSISTENTES DE CENOGRAFIA
Leandra Lee Vasconcelos
Deolinda Oliver
Jéssica Castro
Beatriz Melo
Camila Santos
Tertuliana Lopes
FIGURINO
Luciano Cantanhede
Asther Ak'Kox
COORDENAÇÃO DE FIGURINO
Graziela Ribeiro
COLABORADORES DE FIGURINO
Romário Alves
Rosana Alves
Tiana Ferreira
Yago Nunes
Lilia Lima
DRAMATURGIA:
Colaborativa
DRAMATURGISMO:
Flávio Negrão
Sarah Prazeres
COREOGRAFIA
Flávio Negrão
ESTAGIÁRIA:
Aline
DESIGN DO CARTAZ:
Karina Diaz
Sarah Prazeres
XViccy
Luli
DIREÇÃO MUSICAL
Thales Branche
MÚSICOS
Diego Vattos
Pawer Martins
ENCENAÇÃO E DIREÇÃO CÊNICA:
Andréa Flores
Marluce Oliveira
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