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Belém recebe primeira itinerância da exposição “Brasil Futuro: As formas da democracia”

  • Publicado: Segunda, 03 Abril 2023 14:01
  • Última Atualização: Segunda, 03 Abril 2023 14:01
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Está aberta, em Belém, a exposição “Brasil Futuro: as formas da democracia”, no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. A cidade foi escolhida para receber a primeira itinerância da exposição, inaugurada no dia 1º de janeiro, no Museu Nacional, em Brasília, em celebração ao regime democrático. A exposição chega à capital paraense com o patrocínio do Instituto Cultural Vale e com o apoio do Ministério da Cultura (MinC), da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult), do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM) e da Universidade Federal do Pará (UFPA). A visitação é gratuita e vai até o dia 18 de junho.

A curadoria da exposição é da antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz; do arquiteto Rogério Carvalho, diretor de curadoria dos Palácios Presidenciais; do secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares; e do ator Paulo Vieira.

Inauguração - A abertura oficial da exposição ocorreu na noite da última terça-feira, 28 de março, com as presenças dos curadores Lilia Schwarcz e Márcio Tavares; da secretária de Cultura do Pará, Úrsula Vidal; do reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho; e da coordenadora de Patrocínios e Projetos do Instituto Cultural Vale, Marize Matos.

Da UFPA, também prestigiaram a abertura o vice-reitor, Gilmar Pereira da Silva; a procuradora-chefe da Procuradoria Federal da UFPA, Fernanda Monte Santo; a pró-reitora de Ensino de Graduação, Loiane Prado Verbicaro; o pró-reitor de Extensão, Nelson de Souza Júnior; a diretora-adjunta do Núcleo de Medicina Tropical, Luisa Caricio Martins; o diretor da Faculdade de Artes Visuais, John Fletcher; a diretora do Museu da UFPA, Jussara Derenji; o diretor da Galeria de Arte da UFPA, Orlando Maneschy; a coordenadora editorial da Editora da UFPA, Simone Neno; a diretora da Assessoria de Comunicação da UFPA, Suzana Cunha Lopes; e os docentes Alexandre Sequeira (da Faculdade de Artes Visuais e do Programa de Pós-Graduação em Artes) e  Aldrin Moura de Figueiredo (da Faculdade de História e do Programa de Pós-Graduação em História).

Entre as obras que integram a exposição, há criações dos artistas paraenses Antonieta dos Santos Feio, Armando Sobral (mestre em Artes pela UFPA), Arthur Leandro (ex-docente da Faculdade de Artes Visuais da UFPA), Alexandre Sequeira (docente da Faculdade de Artes Visuais e do Programa de Pós-Graduação em Artes da UFPA), Bonikta, Éder Oliveira (Graduado em Educação Artística pela UFPA), Edivânia Câmara Iyatunde, Emmanuel Nassar  (ex-docente da Faculdade de Arquitetura da UFPA), Glenda Beatriz, Guy Veloso, Luiz Braga, Luciana Magno (mestre em Artes pela UFPA), Manoel Pastana, Nay Jinknss (mestranda em Artes pela UFPA), Oswaldo Goeldi, PV Dias, Paulo Amorim, Rafael Bqueer (graduado em Artes Visuais pela UFPA), Roberta Carvalho  (graduada em Artes Visuais pela UFPA) e Ruy Meira. 

Ao iniciar os pronunciamentos, a secretária Úrsula Vidal agradeceu às instituições que tornaram possível a itinerância da exposição em Belém e celebrou a vinda da mostra à Amazônia: “Trazer esta exposição para a Amazônia, neste momento, é também nos colocar no protagonismo que ninguém tirará da gente. É muito importante que esta exposição acolha e reverbere nossas vozes, não só dos artistas dos nossos Brasis, mas também dos artistas das nossas Amazônias”.

Para o reitor Emmanuel Tourinho, a exposição foi inaugurada em um momento de renovação de esperanças e de reafirmação da vocação da sociedade brasileira para a democracia: “Fico muito feliz que a Universidade Federal do Pará participe desta iniciativa, que estimula a reflexão sobre a nossa realidade e o nosso futuro, que nos mostra a importância da arte e da cultura para a construção de uma nação efetivamente democrática, inclusiva, justa, com direitos para todas as pessoas. O início da itinerância por Belém tem também o simbolismo de um novo olhar para a Amazônia, com o reconhecimento e a valorização desta região como território de diversidade e riquezas culturais. A reconstrução que desejamos para o Brasil depende imensamente do investimento em arte e cultura”, enfatizou.

Representando o Instituto Cultural Vale, Marize Matos pontuou a importância da temática da exposição: “Esta noite é muito feliz para nós, pela oportunidade de poder contribuir com a itinerância desta exposição que aborda uma pauta tão importante e fundamental, que é a diversidade cultural do nosso país. Esta exposição é um grande convite a refletir sobre e a dialogar sobre a democracia”.

O olhar dos curadores - A antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz ressaltou o trabalho coletivo desenvolvido para a construção da exposição, citando os apoiadores, os demais curadores e várias pessoas da equipe local e geral envolvidas na concepção e na montagem da mostra.

A curadora explicou seu desejo e decisão de iniciar a itinerância por Belém e agradeceu a acolhida da cidade: “Eu tenho orgulho de ter dito que eu queria que a exposição não fosse para São Paulo. Eu sou paulista, mas a gente queria inverter essa rota. A gente queria o Norte, o nosso Norte, o nosso rumo. Há muitos silenciamentos no nosso país. Um deles é este ‘sudestinocentrismo’, em que tudo passa por lá [Região Sudeste] e a gente silencia outras histórias, outras verdades, outras realidades”.

Para a pesquisadora, a matriz da exposição iniciada em Brasília deve ganhar outras versões em cada cidade visitada. “A itinerância tem muito significado simbólico. Toda cidade traz um novo desenho. E a ideia dessa exposição é que o esqueleto dela dialogue com o que é vocação de cada uma das cidades. Belém tem essa vocação para a arte. Eu aprendi a ver fotografia com os fotógrafos de Belém. Eu aprendi a ver arte com os artistas de Belém. Nós não faríamos essa exposição sem os artistas do Pará, que estão representados aqui e tornaram a exposição ainda mais pulsante”.

O curador Márcio Tavares, na ocasião também representando o Ministério da Cultura, destacou o papel da arte em um contexto de reconstrução da democracia brasileira. “A exposição é a celebração de uma conquista de todos nós que estamos aqui. Essa democracia inconclusa, essa democracia em projeto, de que fala esta exposição, manifestada de diversas formas, é algo para ser conquistado todos os dias. É um projeto de construção de cidadania que exige da gente um exercício constante. E que a arte é parte fundamental, como sensibilidade, que faz a gente refletir sobre a incompletude das nossas relações, repensar o nosso local e projetar essa reconstrução de uma nação tão fraturada”, explicou.

Sobre a exposição - Na abertura da exposição, houve uma visitação guiada com a equipe educativa. De maneira interativa com o público, foram apresentadas algumas das 120 obras em diversas linguagens, de artistas de todo o país, incluindo paraenses. A mostra tem o objetivo de gerar reflexão sobre a democracia, a riqueza de gênero, étnica, regional e a diversidade cultural brasileira. Em Belém, a exposição agrega uma obra de Éder Oliveira (sem título, 2018), que faz parte da Coleção Amazoniana de Arte da UFPA, do acervo da Galeria de Arte da UFPA.

As obras da exposição estão divididas em três grupos, instalados em três salas de exposição da Casa das Onze Janelas. Em uma das salas, as obras celebram a democracia e os símbolos nacionais, com destaque para várias formas de pensar o Brasil por meio de (re)leituras da Bandeira brasileira. Na segunda sala, as instalações tratam sobre feminismo, negritude, povos originários e movimento LGBTQIAPN+, mostrando a importância da representatividade na pluralidade de expressões artísticas e de artistas que compõem a exposição.

Na terceira sala, as obras buscam evidenciar a força das culturas e refletir sobre a riqueza étnica, regional e de linguagens da cultura brasileira. Ainda foi montada uma quarta sala, que agrega obras em cerâmica do acervo da Casa das Onze Janelas. Uma novidade da instalação itinerante em Belém é a inédita abertura das janelas

 das salas (que tinham bloqueio de luz) especialmente para esta exposição. A ideia é que a experiência de visitação dialogue com o entorno do espaço cultural, com vista para o rio e o centro histórico da cidade.

Serviço
Exposição “Brasil Futuro: as formas da democracia”
Visitação: 28 de março a 18 de junho de 2023 (quarta a domingo, das 9h às 16h)
Local: Espaço Cultural Casa das Onze Janelas (R. Siqueira Mendes, s/n - Complexo Feliz Lusitânia)

Texto: Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Foto: Octavio Cardoso - Acervo da UFPA

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