Encontro na UFPA comemora Dia da Alfabetização
No encontro que comemorou o Dia da Alfabetização no Brasil, a Universidade Federal do Pará recebeu uma edição especial do Fórum de Alfabetização, Leitura e Escrita Flor do Grão Pará, organizado pelo Laboratório Sertão das Águas (LASEA/IEMCI). A programação ocorreu nesta terça-feira, dia 10, no auditório do Centro de Eventos Benedito Nunes, no campus do Guamá.
O objetivo do encontro foi dar continuidade às reflexões acerca dos desafios que a alfabetização apresenta no contexto da Amazônia, bem como em relação às perspectivas referendadas pelas recentes políticas públicas.
Docentes do Ensino Superior e do Ensino Básico, técnicos educacionais, coordenadores, supervisores, gestores, pesquisadores, entidades governamentais, não governamentais e pessoas físicas, gestores públicos, profissionais de bibliotecas públicas e comunitárias assistiram às conferências e participaram dos debates.
Refletir sobre a Alfabetização - Instituído pela Unesco, o Dia da Alfabetização, comemorado no dia 8 de setembro, é um dos momentos do Fórum para discutir as temáticas de acordo com o contexto político vivido dentro do campo da alfabetização. “Refletir sobre a Alfabetização é fundamental neste momento histórico, onde o próprio conceito de alfabetização encontra-se em construção. Agora, mais do que nunca, uma leitura aprofundada da realidade torna-se um imperativo”, ressaltou o vice-reitor da UFPA, Gilmar Silva.
Este ano, o encontro teve a participação por webconferência da presidente da Associação Brasileira de Alfabetização, professora Maria do Rosário do Longo Mortatti. Outro convidado para os debates foi o professor Adail Sobral, da Universidade Católica de Pelotas, que apresentou como tema “A alfabetização dialógica e dialética”.
Diálogo - A programação também incluiu um momento de diálogo entre escritores paraenses de literatura infanto-juvenil e o público. A iniciativa faz parte do projeto Farinhada Literária, coordenado pela professora Elizabeth Orofino Lúcio, docente do Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI) da UFPA e organizadora do evento. Ela explica a importância desse encontro. “Nós pensamos uma alfabetização com sentido na perspectiva discursiva. Nós postulamos que alfabetizar é inserir o sujeito na cultura escrita, então a literatura infanto-juvenil é o nascedouro do leitor e do escritor”, afirmou.
Para a professora e escritora de obra infanto-juvenil, Ana Selma Cunha, o evento é um momento importante para discutir e reunir escritores paraenses. “Há uma preocupação dos escritores paraenses em oferecer uma literatura infanto-juvenil de qualidade, que venha contribuir para a formação daquela criança que ainda está aprendendo, está tendo seus primeiros contatos com a leitura, e mais, que venha contribuir para que a criança se torne um leitor competente, que consiga perceber que, dentro de uma obra, aquelas palavras vão muito além do que o livro está trazendo, que é uma reflexão de mundo, de uma cultura que está sendo apresentada.”
Outro momento importante do evento foi o debate sobre o contexto da alfabetização no Brasil, que reuniu em uma mesa-redonda, professores de escolas indígena, quilombola, da Região Metropolitana de Belém e do Sistema Penitenciário do Pará.
Texto: Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre Moraes
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