Projeto de Extensão da UFPA promove novas formas de aprendizagem por meio do uso de recursos naturais quilombolas
Desenvolver e possibilitar aos estudantes novas formas de aprendizagem e educação por meio da utilização de recursos naturais. Esse é objetivo do Projeto de Extensão "Educando e Aprendendo com Recursos Naturais Quilombolas" da Universidade Federal do Pará (UFPA), campus de Castanhal. Coordenado pelo professor Assunção Amaral, o projeto realiza ações e atividades aos finais de semanas, priorizando recursos dos quilombos para promover o conhecimento dos comunitários e dos universitários envolvidos.
Da teoria ao projeto de extensão, a realização teve início no ano de 2011 com a visão de possibilitar uma ampla relação entre universidade e quilombos. Desse modo, visa despertar no público alvo o sentido da responsabilidade voltado para recriar e reutilizar os recursos naturais das comunidades, bem como incentivar e estimular os acadêmicos à elaboração de pesquisas e monografias sobre as comunidades quilombolas, articulando extensão ao ensino e à pesquisa.
De acordo com o professor, a interação do projeto é fundamental, isso porque os estudantes conseguem relacionar a teoria à prática, e, assim, adquirir novas experiências. “Cabe lembrar que, apesar da necessidade da presença da universidade e outras Instituições nos quilombos, os acadêmicos aprendem e se renovam com o exercício de interação com os quilombos. Com isso a Instituição realiza sua função e compromisso social de socializar conhecimento e tecnologia”, afirma o Coordenador do projeto, Assunção Amaral.
Como funciona o projeto - O projeto depende de bolsistas para acompanhar, sistematizar e articular com os outros voluntários envolvidos. Ao início do ano é definido a programação de todas as ações dos grupos de estudos, das ações de extensão, das comunidades onde acontecerão as ações, do transporte para deslocamento, já que a maior parte das comunidades fica distante dos centros urbanos.
O projeto possui vários momentos e etapas, como: planejamento, grupos de estudos, organização das ações e caravana aos quilombos nos finais de semanas, ações socioeducativas, socioculturais, socioambientais e étnico-raciais voltadas para o público infantil, adolescente e jovem. Também são realizadas oficinas de brinquedos, confecção de brinquedos com recursos naturais, reciclados e campanhas de meio ambiente diretamente nos territórios quilombolas, de forma a propiciar o desenvolvimento local.
“São muitos os resultados do projeto nas comunidades quilombolas. Os professores relatam a melhoria no rendimento, na participação, na desinibição dos alunos quilombolas que participam das ações do projeto, o que gera o aumento da confiança entre quilombolas e a universidade, bem como a relação pedagógica teoria-prática dos acadêmicos dos diversos cursos”, expõe Assunção Amaral.
Atendimentos e Voluntários - Aberto a todos os públicos, os interessados devem comparecer na NEAB da UFPA de Castanhal, onde receberão informações gerais sobre o projeto. Logo depois, o voluntário preenche uma ficha com termo de responsabilidade e deixa seu contato para convocação para as atividades. Receberá por meio de redes sociais as informações das atividades que acontecerão.
Qualquer pessoa pode ser voluntária, mas o público alvo é de acadêmicos da universidade. Estes, além de apresentarem interesse em contribuir com as ações, devem participar das atividades prévias, como formação, oficinas e planejamento,
Texto: Gilberto Moura – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Arquivo do Projeto
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